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Governo do Distrito Federal cria divisão antiterrorismo após atentado em Brasília

Governo do Distrito Federal cria divisão antiterrorismo após atentado em Brasília

 

Brasília – O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou neste sábado (16 de novembro de 2024) a criação da Dicac (Divisão de Combate a Atentados Criminosos e Antiterrorismo) na Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). A nova divisão contará com uma equipe de dois delegados e 23 policiais especialmente treinados para atuar de forma preventiva e estratégica, com o objetivo de reforçar a segurança pública na capital federal.

 

Segundo Ibaneis, a medida é uma resposta direta e imediata ao atentado ocorrido em 13 de novembro na Praça dos Três Poderes, que deixou o país em estado de alerta. “Essa nova medida é mais um passo para evitar futuros riscos e preservar a segurança pública”, declarou o governador em uma publicação no X (antigo Twitter). A nova divisão terá como missão não apenas intervir em situações de emergência, mas também promover ações de inteligência e prevenção para proteger a população e as instituições.

 

Detalhes do atentado

 

O atentado que motivou a criação da Dicac foi protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, que desencadeou explosões na Praça dos Três Poderes. Wanderley primeiro acionou explosivos no porta-malas de seu carro, estacionado no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Apesar da ativação dos explosivos, o veículo em si não chegou a ser destruído. Posteriormente, Wanderley lançou um artefato em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), que explodiu, e em seguida deitou-se sobre um segundo artefato, que detonou, resultando em sua morte.

 

Até o momento, as autoridades policiais afirmam que o ato foi isolado e não há indícios de que se trate de uma ação coordenada por um grupo extremista. A Polícia Federal segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes.

 

Explosivos usados e primeiras análises

 

Embora as autoridades e veículos de segurança tenham inicialmente classificado os artefatos como “bombas” e “explosivos”, análises preliminares indicam que Wanderley utilizou fogos de artifício modificados. Imagens registradas no local da explosão mostram que os artefatos precisavam ser acionados manualmente, com isqueiro ou fósforo, o que indica um nível menor de sofisticação no planejamento do ataque. No carro de Wanderley, os explosivos acionados também eram compostos por fogos de artifício, gerando fumaça e faíscas características desse tipo de material pirotécnico.

 

Apesar de a natureza rudimentar dos explosivos não ter causado danos extensivos aos edifícios das instituições, o incidente revelou a vulnerabilidade da segurança em uma das áreas mais importantes de Brasília e provocou respostas imediatas do governo distrital e federal.

 

Repercussão e medidas de segurança

 

A criação da Dicac representa uma tentativa do governo de reforçar as medidas de segurança e evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer. “A segurança da nossa capital é prioridade, e estamos comprometidos com ações que garantam a integridade de nossas instituições e dos cidadãos”, afirmou Ibaneis.

 

A nova divisão terá apoio de tecnologia de ponta e estratégias de inteligência para identificar ameaças potenciais e neutralizá-las antes que se materializem. Com isso, o governo espera tranquilizar a população e restabelecer a confiança no sistema de segurança pública.

 

O caso de Francisco Wanderley Luiz trouxe à tona discussões sobre segurança em locais de alta relevância política e mostrou a necessidade de uma resposta robusta e coordenada para proteger as instituições democráticas do país.

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