@crsf

MPF apura emendas de R$ 1,4 milhão enviadas por deputada e senador para municípios de Mato Grosso

MPF apura emendas de R$ 1,4 milhão enviadas por deputada e senador para municípios de Mato Grosso

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou o monitoramento de emendas parlamentares transferidas sem a necessidade de convênios formais, conhecidas como “emendas PIX”. Em portaria publicada nesta terça-feira (5) no Diário Oficial da União, a Procuradoria da República no Mato Grosso determinou a fiscalização de recursos enviados pela deputada federal Coronel Fernanda (PL) e pelo senador Jayme Campos (União) para Chapada dos Guimarães e Querência, respectivamente.

A Portaria nº 59, de 30 de outubro de 2024, assinada pelo procurador da República Erich Raphael Masson, abriu um Procedimento de Acompanhamento para garantir a transparência no uso dessas verbas federais. Ao todo, R$ 1,4 milhão foram destinados à Chapada dos Guimarães pela deputada Coronel Fernanda, enquanto o senador Jayme Campos repassou R$ 350 mil ao município de Querência.

Segundo o procurador, o formato das “emendas PIX” reduz os controles tradicionais sobre o uso dos recursos, pois eles são encaminhados diretamente aos municípios, sem a necessidade de convênios que, geralmente, envolvem etapas adicionais de fiscalização. Masson destacou que esse método pode enfraquecer a transparência e dificultar a responsabilização pública, além de tornar o monitoramento mais complexo.

Para assegurar o acompanhamento adequado, o MPF determinou que as prefeituras beneficiadas detalhem o destino e o uso dos recursos em contas bancárias específicas. Entre as exigências, estão informações sobre o montante exato recebido e o planejamento para a aplicação das verbas. A medida busca combater eventuais desvios e assegurar que os recursos cumpram finalidades públicas e republicanas.

A ação do MPF segue proposta da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, que monitora a integridade do uso de emendas parlamentares. Essa iniciativa surge em meio ao aumento das transferências diretas, que vêm recebendo atenção especial das autoridades pela ausência de fiscalização mais rigorosa.

A legalidade das “emendas PIX” tem sido um tema amplamente discutido no Judiciário. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender todas as emendas impositivas de parlamentares ao Orçamento da União até que o Congresso Nacional defina regras que garantam a transparência na aplicação dos recursos. A decisão, tomada em sessão virtual, foi unânime e referendou liminar concedida pelo ministro Flávio Dino.

Em seu voto, Dino enfatizou que as emendas impositivas precisam ser executadas dentro dos limites da legalidade e não devem ser administradas de forma arbitrária, respeitando a disciplina constitucional. A decisão do STF reforça a necessidade de maior controle no uso desses recursos e amplia o debate sobre a regulamentação das emendas parlamentares.
 

 

 

fonte o documento 

Faça um comentário // Expresse sua opinião...

Veja os últimos Comentários

Veja também

"Ex-garota de programa": Meta não removerá vídeos contra Michelle Bolsonaro

"Ex-garota de programa": Meta não removerá vídeos...

Justiça nega pedido de Michelle para apagar vídeo que a chama de garota de programa.(Imagem: Reprodução/Instagram)

...

Operações Lei Seca terminam com 12 motoristas presos por embriaguez em Cuiabá

Operações Lei Seca terminam com 12 motoristas pres...

GGI/SESP-MT

 

Doze motoristas foram presos por embriaguez ao volante na madrugada deste domingo (6.7), em duas ediç...

EMPREGO EM ALTA Confira as 10 cidades de MT que mais contrataram com carteira assinada

EMPREGO EM ALTA Confira as 10 cidades de MT que ma...

Na capital, a maior parte dos empregos foram gerados aos trabalhadores de serviços, vendedores de comércio em lojas e mercados - Foto...