Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, foi denunciado por quatro crimes pelo Ministério Público Estadual
O promotor de Justiça Jorge Paulo Damante Pereira, da 2ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, afirmou que o feminicídio da advogada Cristiane Castrillon, de 48 anos, foi um dos mais “horrendos" já praticados em Cuiabá.
O promotor é o responsável pela denúncia contra o autor do crime, o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos. Ele classificou o acusado como "degenerado" e disse que o crime foi um "ritual macabro".
O caso ocorreu no dia 13 de agosto, na casa do ex-PM, no Bairro Santa Amália. Almir foi denunciado por feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.
Na denúncia, o promotor narra que Cristiane passou o dia com familiares em um churrasco e depois foi para casa descansar.
Por volta de 22h, foi convidada por um primo para ir até o Bar do Edgare, local em que, conforme o promotor, cruzou “seu caminho com um indivíduo degenerado e violento, que lhe roubaria o que há de mais sagrado para um ser humano, a vida, isto sem demonstrar nenhum traço de humanidade”.
“Aproximando-se a hora de fechamento do estabelecimento, Cristiane, a essa altura ainda mais vulnerável, visto que continuou ingerindo bebida alcoólica, foi convencida a continuar na presença do seu novo conhecido, de modo que, no veículo da própria Cris, ambos foram para a casa de Almir, para momentos de maior intimidade, onde, em vez de encontrar carinho, respeito e amor, encontrou o desprezo à sua condição de mulher, a torpeza, a crueldade e a violência. Com efeito, o interior da residência do denunciado serviu de palco para um dos mais horrendos feminicídios praticados nesta Capital de Mato Grosso”, escreveu o promotor.
Conforme Jorge Paulo, as investigações indicam que Almir espancou violentamente a vítima em várias partes do corpo e a violou sexualmente, causando-lhe inclusive sangramento no ânus e vagina. Ato contínuo, asfixiou a advogada até a morte.
“Finalizado seu ritual macabro, após ter tentado, ardilosamente, eliminar os vestígios de sangue em sua casa e ter colocado suas roupas – inclusive de cama – para bater na máquina de lavar, o denunciado teria agora a preocupação de ocultar o corpo de Cristiane, na intenção de passar impune pelo feminicídio antes cometido”, escreveu.
O corpo dela foi encontrado dentro de um carro no Parque das Águas.
O promotor ainda cita na denúncia que após voltar para casa, o ex-policial “como se tivesse, no máximo, pisado em um inseto, tranquila e friamente entrou em contato com uma ficante e pediu a ela que passasse em sua casa para irem almoçar na casa de sua irmã em Várzea Grande, no que foi prontamente atendido”.
“Mais para o final da tarde, Almir e a mulher retornaram para a residência, onde namoraram normalmente, até que a Polícia Civil – já sabendo da autoria delitiva – próximo do meia-noite, foi ao local e prendeu o denunciado. É essa a tragédia por que passou a digna mulher Cristiane Castrillon”, finalizou.
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